Hoje apetece-me falar sobre um poema…
O meu amigo Jimm’s sabe que de poeta não tenho nada… Mas, tendo alma… tendo um coração que bate aqui dentro do meu peito… um coração que muitas vezes sangra de dor… de angústia… Então acontece-me ter versos vagueando dentro de mim…
Nisto, surpreendi uns versos que estavam escondidos num cantinho do meu coração… E, senti inveja daqueles que conseguem seduzir o mundo com a sua arte… E, nasceu este poema:
Sinto inveja
Sinto inveja dos grandes poetas,
Sinto inveja dos grandes pintores,
Sinto inveja dos grandes compositores…
Sinto inveja porque não sei escrever-te um poema,
Sinto inveja porque não sei pintar-te numa tela,
Sinto inveja porque não sei compor uma canção para ti…
Mas tenho-te sempre nas minhas palavras,
Mas a tua imagem está sempre no meu pensamento,
Mas estou sempre a cantar o amor que tenho por ti…
Mas tenho o que os grandes poetas, pintores, compositores não têm:
TU!
Até sinto inveja de mim mesmo por te amar tanto assim…
quinta-feira, 29 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Babilónia
Jimi Hendrix! No seu pequeno quarto, na “Rue 5”, o meu falecido amigo Babilónia tinha pendurada na parede, uma fotografia minha tirada no Festival da Baía das Gatas 87…
Como sou canhoto ele me chamava Jimi Hendrix…
Babilónia, rapaz alto, forte e cheio de vida, era um grande amigo… Fazia-me sentir artista, isso pela admiração que tinha por mim como músico… Talvez por lhe lembrar “Les Îles” nos momentos de saudade, traduzidos pelos acordes melancólicos do meu violão, nas noites em que a malta se reunia no prédio da Fátima de MBaye… Algumas gazelles frescas à mistura… Enfim, era uma mistura de marinheiros e universitários… E, todos com o mesmo sonho: regressar a Cabo Verde.
Mas, a vida se tornou cada vez mais difícil… E, o meu amigo Babilónia já não encontrou mais trabalho nos navios… Parou de somar histórias de marinheiro… das façanhas em Djibouti… das tempestades… E, acabou por morrer em Dakar…
Mas caro Jimm’s, sinto uma dor no peito por não poder mais dizer ao meu amigo Babilónia: “N’anga def…” e nem tão pouco escutar a resposta dele “M’gui fi rêk…”
Eu sei que ele acreditava no meu futuro como músico… Mas, meu caro amigo Jimm’s, tu sabes que ele estava errado… O que realmente eu gosto é de cinema…
Mas Jimm’s, certamente se visses essa foto no quarto do Babilónia, serias capaz de acreditar também… Acho que era só pose…
Talvez tenha perdido a pose…
Como sou canhoto ele me chamava Jimi Hendrix…
Babilónia, rapaz alto, forte e cheio de vida, era um grande amigo… Fazia-me sentir artista, isso pela admiração que tinha por mim como músico… Talvez por lhe lembrar “Les Îles” nos momentos de saudade, traduzidos pelos acordes melancólicos do meu violão, nas noites em que a malta se reunia no prédio da Fátima de MBaye… Algumas gazelles frescas à mistura… Enfim, era uma mistura de marinheiros e universitários… E, todos com o mesmo sonho: regressar a Cabo Verde.
Mas, a vida se tornou cada vez mais difícil… E, o meu amigo Babilónia já não encontrou mais trabalho nos navios… Parou de somar histórias de marinheiro… das façanhas em Djibouti… das tempestades… E, acabou por morrer em Dakar…
Mas caro Jimm’s, sinto uma dor no peito por não poder mais dizer ao meu amigo Babilónia: “N’anga def…” e nem tão pouco escutar a resposta dele “M’gui fi rêk…”
Eu sei que ele acreditava no meu futuro como músico… Mas, meu caro amigo Jimm’s, tu sabes que ele estava errado… O que realmente eu gosto é de cinema…
Mas Jimm’s, certamente se visses essa foto no quarto do Babilónia, serias capaz de acreditar também… Acho que era só pose…
Talvez tenha perdido a pose…
Subscrever:
Mensagens (Atom)